O homem está sempre em busca da felicidade.
Perseguindo essa meta traça roteiros que imagina possam levá-lo à
plenitude de seus sonhos. É comum que se
encante de modo particular por uma pessoa, com quem deseja seguir pela vida afora.
Para conquistar esse ser, que parece a personificação de um ideal, nada
se afigura muito trabalhoso ou difícil.
Tomam-se cuidados especiais com a aparência, o modo de falar e de agir,
a fim de impressionar favoravelmente.
É natural e saudável que se esteja disposto a labutar na conquista de
uma meta, seja a companhia de uma pessoa, um projeto profissional ou outro
desiderato digno de investimento.
Os esforços despendidos na realização de um
ideal, mesmo que ele não seja atingido de pronto, sempre têm uma consequência
positiva.
Por exemplo, a persistência em ser gentil, educado e compreensivo com
uma pessoa específica, que se pretende seduzir, pode tornar alguém consciente
de seu agir equivocado nas demais situações.
Mas o fato é que a felicidade real jamais está nas mãos de outro ser
humano, por especial que ele seja. Do mesmo modo, a conquista de um emprego, a
aquisição de um bem, nada disso tem o condão de conduzir o homem à plenitude de
seu ser.
A felicidade não está em coisas ou nos outros.
Ela é um estado de consciência, de harmonia com as leis divinas.
Veja-se o exemplo do Cristo. Nasceu em família pobre, jamais foi
importante, no sentido mundano. Não era compreendido pelos que o cercavam.
Padeceu o contato com massas ignorantes, com governantes despóticos, e teve
morte violenta.
Mas ninguém ousa sugerir que o Cristo foi um infeliz.
Um Espírito de Sua envergadura evolutiva não poderia ser infeliz, embora
tivesse de enfrentar obstáculos. No
entanto, sempre foi grandemente só, pela ausência na Terra de seres que O
ombreassem em entendimento e valores. Ele foi feliz, embora não tivesse nada do
que habitualmente se considera como conducente à felicidade.
Isso revela o quanto o homem se ilude ao eleger suas metas para uma vida
mais plena.
Viveremos para sempre, podendo contar por todo o tempo com uma única
companhia: a nossa. E é muito entediante
a convivência com alguém mesquinho, egoísta, arrogante, grosseiro ou inculto,
não é mesmo?
Então, um bom caminho para se atingir a genuína felicidade é nos indagar
como gostaríamos de ser, não apenas nesta encarnação, mas com o passar dos
séculos.
Pensar, à longo prazo, pode ser uma eficiente forma de evitar o
estabelecimento de metas equivocadas ou rasas. Dentro de algumas encarnações,
de que adiantará ter conseguido muito dinheiro ou um corpo perfeito nesta vida?
Com certeza muitos de nós já nos sentimos cansados de alguns de nossos
defeitos, pois é triste chegar ao final do dia e lamentar os próprios atos.
Reflitamos sobre as virtudes que desejamos ter e busquemos nos enamorar
delas, pois, uma vez conquistadas, serão nossas eternamente.
Admiramos e desejamos a companhia de pessoas bondosas, generosas,
calmas, honestas, trabalhadoras e gentis?
Então, sejamos assim, envidando esforços para desenvolver as qualidades
almejadas, do mesmo modo que o faríamos para conquistar a pessoa amada ou o
emprego cobiçado.
Somente nossa transformação moral, com a adoção de um patamar
de conduta sublimada, pode nos tornar seres plenos e pacificados.
Mas isso exige treino e esforço, pois nada de valioso na vida vem de
graça.
Não há como nos tornar virtuosos, exercitando vícios.
Mensagem enviada pelo Colaborador Sérgio Giese.
Obrigado
Abraços
J.L.Veiga
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