Dois de novembro.
Em todos os cemitérios, o número
de pessoas para a visitação é bastante expressivo.
Pessoas viajam quilômetros para vir depositar
flores ou acender velas nos túmulos dos familiares ou amigos.
A comemoração dos mortos, hoje
denominada Dia de Finados, tem origem na antiga Gália, no território europeu.
É comum nesse dia a intensa visitação
aos túmulos. E se observam cenas interessantes.
Existem os que se sentam sobre os
túmulos dos seus amados, e ali passam o dia.
Para lhes fazer companhia. Como se, em
verdade, eles ali estivessem encerrados.
Outros lhes levam comidas e bebidas.
Para que se alimentem. Como se o Espírito disso necessitasse.
Outros ainda gastam verdadeiras
fortunas em flores raras e ornamentações vistosas.
Decoram o túmulo como se
devesse ser a morada do seu afeto.
Tais procedimentos podem condicionar o
Espírito, se não for de categoria lúcida, consciente, mantendo-o ligado aos
seus despojos, ao seu túmulo.
Como cristãos, aprendemos com Jesus que
a morte não existe.
Assim, nossos mortos não estão mortos,
nem dormem.
Cumprem tarefas e distendem mãos
auxiliadoras aos que permanecem no casulo carnal.
Prosseguem no seu auto-aprimoramento,
construindo e reformulando o mundo íntimo, na disciplina das emoções.
E continuam a nos amar.
A mudança de estado vibratório não os
furta aos sentimentos doces, cultivados na etapa terrena.
São pais e mães queridas, arrebatados
pelo inesperado da desencarnação. Filhos, irmãos, esposos, esposas - seres
amados.
O vazio da saudade alugou as
dependências de nosso coração e a angústia transferiu residência para as
vizinhanças de nossa alma.
É hora de nos curvarmos à majestade da
Lei Divina e orar.
A prece é perfume de flor que se eleva
e funde abraços e beijos, a saudade e o amor.
Para os nossos afetos que partiram para
o Mundo Espiritual, a melhor conduta é a lembrança das suas virtudes, dos seus
atos bons, dos momentos de alegria juntos vividos.
A prece lhes refrigera a alma e lhes
fala dos nossos sentimentos.
Não há necessidade de se ter dinheiro
para honrar com fervor cristão os nossos mortos. Nem absoluta necessidade de
nossas presenças ao lado das suas tumbas.
Eles não estão lá.
Espíritos libertos, vivem no Mundo
Espiritual tanto quanto estão ao nosso lado, muitas vezes, nos dizendo da sua
igual saudade e de seu amor.
Se desejas honrar teus mortos,
transforma em pães e peças de vestuário para crianças e gestantes pobres as
quantias amoedadas que gastarias na ornamentação dos túmulos e em flores
exuberantes.
Oferta-as em nome e por teus amados.
Mensagem enviada por e-mail pelo Amigo e Colaborador Sergio Giase (E-mail: sergio@bsdux.com.br)
Abraços
J.L.Veiga
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