A transitoriedade da vida terrena é um convite à
reflexão.
Os homens em geral se empenham para atingir
variados objetivos.
Elegem metas por vezes ambiciosas e dedicam suas
vidas a conquistá-las.
Também fazem de tudo para ver seus filhos vitoriosos,
conforme os padrões do mundo.
Pagam-lhes bons colégios, cuidam de sua instrução
formal com desvelo.
Esses objetivos costumam ser louváveis.
Como vivem em um mundo material, os homens precisam
se ocupar das coisas tangíveis.
Não dá para se tornar um peso nos ombros do
semelhante, enquanto se filosofa sobre tudo e sobre nada.
Apenas não é prudente esquecer que as questões
materiais fatalmente passarão.
No esforço de conquistar ou manter coisas, não
compensa comprometer a própria dignidade.
Às vezes parece que certa conquista é questão de
vida ou morte.
Se dado cargo não for conquistado, a vida parecerá
sem sentido.
Entretanto, a permanência nesse cargo será por
pouco tempo, considerando a eternidade da vida que jamais se esgota.
Do mesmo modo, a paixão pode colorir de modo
excepcional o afeto que alguém inspira.
Ainda que ele seja comprometido, parece que tudo se
justifica, desde que seja possível viver aquele sonho dourado.
Nessas situações, a criatura pode se permitir
comportamentos indignos.
Ocorre que a felicidade jamais é fruto de
indignidade.
A paixão violenta cedo ou tarde amainará.
O cargo importante mudará de mãos.
O dinheiro
será consumido, perdido, roubado ou apenas deixado para trás no momento da
morte.
O automóvel novo se desgastará e sairá de linha.
Em suma, tudo passa e lentamente perde a
importância.
Mas é preciso conviver para sempre com o que se é.
A realidade íntima não se altera com o simples
passar do tempo.
Ela não se desgasta, não se torna obsoleta e nem se
recicla, sem vontade e esforço.
Muitos Espíritos, pelo fenômeno mediúnico, relatam
sua decepção após a morte física.
Tiveram de contemplar suas posses e conquistas
materiais passarem a outras mãos.
Ao mesmo tempo, constataram a miséria a que se
reduziram, à custa de atos indignos.
Renasceram para evoluir e transcender e se tornaram
grandes devedores perante a vida.
Pensar nisso sempre, para não inverter suas
prioridades.
Viver no mundo, mas não se tornar
escravo dele.
Antes de mais nada, cuidar de
adquirir grandeza íntima.
Ser bondoso, leal e trabalhador,
mesmo nos momentos difíceis.
De nada lhe adiantará conquistar
coisas e perder-se a si próprio.
Mensagem enviada pelo Amigo e Colaborador Sergio Giase.
Obrigado
Abraços
J.L.Veiga
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