Contam as tradições cristãs que, quando
as primeiras perseguições aos seguidores do Cristo se tornaram mais intensas,
nos primeiros anos de divulgação da Boa Nova, Simão Pedro, estando em Roma, foi
convidado pelos companheiros a deixar a cidade.
Temendo pela vida do companheiro, já
alquebrado pelos anos de trabalho na divulgação do Cristianismo, os amigos o
convenceram de que, ao deixar a cidade dos imperadores, poderia poupar sua vida
em prol da continuidade de sua liderança do movimento cristão.
Muito embora renitente quanto à ideia
de deixar os companheiros, depois de calorosas insistências, segue pela via
Ápia, deixando para trás a capital do Império.
Não muito longe das muralhas da cidade,
vê ao longe singular andarilho, vindo em sua direção. À medida que se aproxima
o viajante, reconhece o semblante amado. Comovido e assustado, de imediato
exclama:
Mestre, para onde vais? E este, sem deter os
passos, responde-lhe:
Pedro, vou a Roma juntar-me àqueles que
estão prontos a dar a vida por mim.
Entendendo a mensagem, Pedro retoma a
estrada, agora em direção a Roma, a fim de juntar-se novamente aos
companheiros.
Muitas vezes somos nós, pelas estradas
de nossas vidas, a ter que optar em enfrentar problemas e dificuldades, e
solucioná-los, ou dar as costas tentando fingir que não existem.
Não são poucas as justificativas que
encontramos para evadirmo-nos de responsabilidades, de compromissos morais e
emocionais que nos prendem a tantos.
Algumas vezes priorizamos o trabalho,
esquecendo as tarefas e deveres no lar, com aqueles a quem nos vinculamos.
Tantas outras são as prioridades dos
compromissos sociais que falam mais alto, não sobrando tempo para a atenção aos
pais já idosos, ao filho adolescente necessitado de ombro e ouvidos no seu
caminhar.
Há que se repensar quais os caminhos
que seguimos pelas estradas da vida. Ora podemos ter justificativas nos valores
sociais, outras vezes nos convencermos pelos companheiros de caminhada.
Porém, necessário é perguntarmos: Por
quais estradas vimos conduzindo nosso caminhar?
Será que nossas escolhas estão baseadas
no que seja mais fácil, mais cômodo, conveniente, ou no que seja mais correto e
mais adequado?
Herdeiros de nós mesmos, somos a
resultante dos caminhos que percorremos.
Assim, sempre se mostra oportuna a
reflexão a respeito de como conduzimos nossa vida, onde investimos nossas
horas, e quais os valores que nos norteiam.
Tal qual Pedro nos caminhos de Roma,
mesmo convencidos por amigos, pela situação momentânea, ou pelas facilidades do
agora, sempre será mais adequado optar e seguir
pelos caminhos em que o coração e a consciência permaneçam tranquilos e
serenos.
(Fonte: cap. 31, do livro Seara do bem, por Espíritos diversos,
psicografia de Divaldo Pereira Franco)
Mensagem enviada pelo amigo e colaborador Sergio Giese,
Obrigado
Abraços
J.L.Veiga
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